
Cabelos ao vento, na brisa de desejo ardente, que sopra do meu rosto. Ondas de paixão, na candura do deslizar suave de um cisne, sobre as águas do lago onde amanheceu, um dia, o nosso Amor. Doçura que me toca a pele, ao som de uma pétala caída, de um qualquer malmequer, que em mim vem poisar. Calor de um raio de Sol perfumado, atirado a medo, do arco do Cupido, que certeiramente nos encantou. Outono feito de folhas manuscritas, que se soltam das nossas mãos entrelaçadas, e nascem como estrelas brilhantes, no chão apaixonado, por onde passamos. Incertezas lembradas e beijadas, ao luar, que nos iluminou a alma, numa escura noite de Lua Nova. Tardes soalheiras, de chuva e invernia, onde choram as nuvens, quando estão felizes e sorridentes, porque sabem que penso em ti. Pergunta matizada de querer, que sem saberes, te fazes, logo, amanhã e ontem, em busca da ansiada resposta, pura e despida, que hoje te ofereço, embrulhada na cor singela da saudade...
- Não, meu amor. Não te esqueci
!