Vestida de seda, olho-te nos olhos e entro em ti, o laço de música que nos envolve solta aromas doces e sensuais enquanto caminho, rendas, toques, e carícias sonhadas trazem-te para mim, onde me vês, mas não me tocas, o meu corpo ondulante contorce-se a cada passo, a cada momento que os acasos da vida nos juntam e nos fazem suspirar em uníssono, oiço-te, chamas-me numa voz de silêncio que as palavras escondem e calam, recosto-me em ti, as tuas mãos seguram as minhas e percorrem-me o corpo, agora nu, paramos ali, abraçados, deixando os olhos falarem por si, há tanto para dizer