
No vazio que me atormenta, me empurra de encontro ao chão, não tenho forças, não consigo pensar, apenas me rastejo, à procura de uma Luz de uma mão que me traga as respostas ás perguntas que já esqueci, as lágrimas lavaram-me o discernimento, o tempo passou, as paredes de Amor que construímos caíram, tijolo a tijolo, um a um, numa destruição lenta e sofrida que olhei de perto, mesmo ao teu lado, feri as mãos tentando mantê-los a todos nos seus lugares, não fui capaz, não fui tão forte quanto pensava, vi o fim anunciado quando de uma só vez, a derrocada aconteceu, debaixo dos escombros fiquei eu, presa ao passado, pedi-te ajuda, estiquei a mão, e tu viraste-me as costas
2003