
Chovia, o vento soprava lá fora, vieste no teu cavalo branco, desfiando as leis do tempo e do espaço, vieste ao meu encontro, sabias que chorava a tua ausência, a saudade grassava-me o coração, mas vieste, sorriste quando me viste nua num convite escondido mal disfarçado, aos lençóis de cetim brancos que emanavam o meu calor, abracei-te, aqueci-te o corpo agora semi-nu, tu aqueceste-me a alma, acendeste-me o desejo de luxúria, toco-te sensualmente, enquanto tu me beijas apaixonadamente, no ar, o nosso cheiro que tão bem conhecemos e que nos desperta para outras paragens mais arrojadas
é bom ter-te de volta, meu amor.
Escrito em 1998